15/03/2010

95[1].PROJETO_Reciclar_2

1 - INTRODUÇÃO

 

A Educação Ambiental é um processo de educação política que possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades, bem como a formação de atitudes que se transformam necessariamente em práticas de cidadania que garantam uma sociedade sustentável. (JUNIOR, & PELICIONI, 2000).

 

              É mais do que uma disciplina, é uma ideologia bastante clara, que se apóia num ideário, num conjunto de idéias, que conduz à melhoria da qualidade de vida e ao equilíbrio do ecossistema para todos os seres vivos. Assim, além de ser efetivo instrumento de gestão, ela deve torna-se uma filosofia de vida.

 

              O educador ambiental precisa estar preparado para reconhecer causas e conseqüências dos problemas ambientais e ter uma visão crítica da realidade na qual está inserido, de forma a perceber as inter-relações dos fatores sócio-econômicos, políticos e culturais nos níveis local, regional, nacional e transnacional.

 

              O desenvolvimento de qualquer projeto em Educação Ambiental deve contemplar o conhecimento científico, teórico, voltado para a prática e para o conhecimento empírico, além das experiências de trabalho que cada profissional traz, seja educador ou educando. Procura-se repensar a prática, a partir da teoria discutida e trabalhar a teoria, à luz da prática vivida. O papel da universidade nessa troca e construção de novos saberes é sistematizar os conhecimentos gerados, de forma a torná-los compreensíveis e aplicáveis em ações conscientes. Refletir criticamente sobre a prática, permite torná-la melhor. 

 

              É preciso agregar a teoria da educação aos aspectos que envolvem questões ambientais: o saneamento, a saúde pública, a comunicação, os ecossistemas, a sociedade, entre outras, de modo a escolher e priorizar as melhores estratégias para a mobilização da população para o tema. Toda prática educativa envolve uma teoria que se baseia numa concepção de homem e de mundo.

 

              A Educação Ambiental pressupõe conhecimentos disciplinares diversos, os quais devem permitir uma visão integral dos problemas e possibilitar o seu enfrentamento de forma interdisciplinar. Assim sendo, e por fazer parte dos vários setores da atividade humana, impõe-se ao educador um conhecimento que extrapola os limites da sua formação profissional.

 

Estes pressupostos, ainda que básicos, devem dar sustentação para a formulação de todo e qualquer projeto de Educação Ambiental, aqueles voltados à formação e capacitação de recursos humanos e aqueles direcionados à construção de práticas societárias visando a sustentabilidade do desenvolvimento.

 

2 – OBJETIVOS

 

2.1 – OBJETIVO GERAL

 

·        Mostrar como a educação ambiental é importante para o nosso planeta, dando enfoque à problemática do lixo e à solução oferecida pela reciclagem.

 

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

·        Conscientizar os alunos da problemática do lixo;

·        Criar uma consciência ambiental ao ensinar aos alunos a importância da redução, da reutilização e da reciclagem;

·        Esclarecer eventuais dúvidas acerca da reciclagem, aumentando, assim, o horizonte do conhecimento desses alunos;

·        Ensinar o aluno a reaproveitar o lixo, a fim de que ele crie objetos úteis para o seu dia-a-dia;

·        Ajudar os alunos a confeccionar alguns brinquedos.

 

 3 - JUSTIFICATIVA

 

A educação ambiental vem com o passar do tempo prestando uma grande contribuição ao bem estar social. Levando em consideração o déficit das escolas em trabalhar com a importância social e ambiental do lixo e da reciclagem surge a preocupação, por parte de nós educadores, em desenvolver projeto de Educação Ambiental voltado para o comprometimento do aluno, em relação ao descaso com o lixo e ao conhecimento de reaproveitamento deste.

 

Por este motivo tentaremos desenvolver atividades educativas para alertar aos alunos quanto ao problema que o lixo produz, se não existir um compromisso da sociedade em relação à produção e o destino deste.

 

 

 


4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

Toda pesquisa se baseia em estudos feitos anteriormente, e estes servem como referencial para o seu desenvolvimento e conclusões finais; estudos vistos como referência, não têm a necessidade de serem idênticos, e sim terem uma relação com o assunto pesquisado. 

 

Nesta pesquisa a fundamentação teórica consta de uma literatura, onde foram escolhidos assuntos relacionados com o tema da pesquisa em questão, retirados de livros e sites especializados.

 

A fundamentação teórica deste trabalho está dividida em três partes:

Ø      Um breve histórico sobre a educação ambiental;

Ø      A problemática do lixo

Ø      Reciclagem

Ø      Coleta seletiva

4.1 Breve Histórico da Educação Ambiental

 

Inicialmente, o relacionamento da humanidade com a natureza causava um mínimo de interferência nos ecossistemas. Em contrapartida, hoje em dia, esse relacionamento está culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. São comuns, atualmente, a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente. 

 

Agravando ainda mais  tal situação, a população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos, perdendo desta maneira, a relação natural que tinha com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser mais comuns na vida dos jovens, enquanto os valores relacionados com a natureza não têm mais pontos de referência na atual sociedade moderna. (http://www.ambientebrasil.com.br/ composer.php3?base=./educacao/index.php3&conteudo/educacao/educacao.html).

 

Devido à constatação de que o desenvolvimento das nações modernas tem sido associado, historicamente, à degradação do meio ambiente, o interesse mundial pela Educação Ambiental vem crescendo ultimamente. Graças aos avanços tecnológico e científico das últimas décadas, conhece-se mais sobre os problemas ambientais do que se conhecia no passado, embora tal fato ainda não tenha sido suficiente para deter o processo de degradação ambiental em curso.

 

O atual modelo de desenvolvimento, desigual, excludente e esgotante dos recursos naturais, tem levado à produção de níveis alarmantes de poluição do solo, do ar e da água,  da contaminação da vida selvagem por resíduos, de destruição da biodiversidade animal e vegetal e ao rápido consumo das reservas minerais e demais recursos não renováveis. A gravidade de tais problemas ambientais colocam para as gerações presentes algumas questões de solução bastante complexas. Se o desenvolvimento é necessário, que preço pagar por ele? Estamos realmente colocando em risco a vida, se não de todos pelo menos de parte, dos seres vivos que habitam este planeta? (http://www.redeambiente.org.br/Temas.asp?id_secao=4& artigo=31).

 

A Educação Ambiental é uma das possíveis ferramentas de capacitação e sensibilização da população em geral sobre os problemas ambientais. No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação, é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, o que gera um sistema dinâmico e abrangente a todos. Sendo assim, é a escola a principal responsável pela Educação Ambiental. (http://www.ambientebrasil.com.br/ composer.php3?base=./educacao/index.php3& conteudo=./educacao/educacao.html).

 

Mas, e o que é, de fato, a Educação Ambiental?

 

Em poucas palavras, Educação Ambiental é uma forma de educar para desenvolver a consciência ambiental. É uma maneira de relacionar atitudes e aprendizado ao meio ambiente. Para muitos, ela restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais, etc., o que faz com ela assuma um caráter basicamente naturalista (http://www.apoema.com.br/hp.htm).

 

É um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros (DÍAZ, 2002).

 

Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista, tendo como alicerce a busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, visando a construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso.

 

O significado da Educação Ambiental, no entanto, não se restringe a um único conceito. Para se perceber a abrangência e o significado da Educação Ambiental, serão transcritos abaixo algumas diferentes definições deste termo.

 

Definições:

 

- Conceito do Ministério do Meio Ambiente: “Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais presentes e futuros”.

 

- Conceito de educação ambiental definido pela comissão interministerial na preparação da ECO-92 " A educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sócio-econômica, política, cultural e histórica, não podendo se basear em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágios de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade, no presente e no futuro."

 

- Conceito do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente : a Educação Ambiental é um processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais, e de atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental. (http://www.apoema..com.br/hp.htm).

 

Em 1977, ocorreu na ex-União Soviética, um dos eventos mundiais mais importantes para a Educação Ambiental: foi a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi. Embora tenha ocorrido há mais de vinte anos, suas diretrizes e propostas continuam sendo um dos marcos teóricos sobre Educação Ambiental. De acordo com tal Conferência, as principais características da Educação Ambiental são (baseado no documento “Educação Ambiental” da Coordenação Ambiental do Ministério de Educação e Cultura):

 

1- Processo dinâmico integrativo - é um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os torna aptos a agir, individual e coletivamente, e resolver problemas ambientais;

 

2- Transformadora - permite a aquisição de conhecimentos e habilidades capazes de induzir mudanças de atitudes. Tem por objetivo a construção de uma nova visão das relações do ser humano com o seu meio e a adoção de novas posturas individuais e coletivas em relação ao ambiente. A consolidação de novos valores, conhecimentos, competências, habilidades e atitudes refletirão na implantação de uma nova ordem ambientalmente sustentável;

 

3- Participativa - atua na sensibilização e na conscientização do cidadão, estimulando-o a participar dos processos coletivos;

 

4- Abrangente - extrapola as atividades internas da escola tradicional, deve ser oferecida continuamente em todas as fases do ensino formal, envolvendo a família e toda a coletividade. A eficácia virá na medida em que sua abrangência vai atingindo a totalidade dos grupos sociais;

 

5- Globalizadora - considera o ambiente em seus múltiplos aspectos : natural, tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, técnico, moral, ético e estético. Deve atuar com visão ampla de alcance local, regional e global.

 

6- Permanente - tem um caráter permanente, pois a evolução do senso crítico e a compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem as questões ambientais se dão de um modo crescente e contínuo, não se justificando sua interrupção. Despertada a consciência, ganha-se um aliado para a melhoria das condições de vida do planeta.

 

7- Contextualizadora - atua diretamente na realidade de cada comunidade, sem perder de vista a sua dimensão planetária ("Aja localmente, pense globalmente").

 

Além destas sete características, definidas pela Conferência de Tbilise, há uma oitava, mais recente, a qual envolve a necessidade de trabalhar a Educação Ambiental como um tema transversal dentro da escola. A questão da Educação Ambiental como tema transversal (incluída como um tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais) passou a ser elemento quase que obrigatório em todas as discussões, mesas redondas e análises recentes envolvendo Educação Ambiental no Brasil.

 

8- Transversal - propõe-se que as questões ambientais não sejam tratadas em uma disciplina específica mas sim que permeie os conteúdos, objetivos orientações didáticas em todas as disciplinas, no período de escolaridade obrigatória. (http://www.redeambiente. org.br/Temas.asp?id_secao=2&artigo=34)

 

Ainda de acordo com a Conferência de Tbilise, há alguns princípios básicos que precisam nortear programas e projetos de trabalho em Educação. Tais princípios, baseados também no documento “Educação Ambiental” da Coordenação Ambiental do Ministério de Educação e Cultura, serão transcritos logo abaixo:

 

- Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e artificiais, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-cultural e estético);

 

- Construir-se num processo contínuo e permanente, iniciando na escola infantil e continuando através de todas as fases do ensino formal e não formal;

 

- Empregar o enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, para que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;

 

- Examinar as principais questões ambientais em escala pessoal, local, nacional, regional, internacional, de modo que os educandos tomem conhecimento das condições ambientais de outras regiões geográficas;

 

- Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta também a perspectiva histórica;

 

- Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e internacional, para prevenir e resolver os problemas ambientais;

 

- Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e crescimento; (http://www.redeambiente.org.br/Temas.asp?id_secao =4 &artigo=37).

 

4.2 A problemática do lixo

 

Desde os primórdios da constituição dos centros urbanos, a produção de lixo claramente se apresenta como um problema de difícil solução. A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, houve uma radicalização dos impactos provocados pelo lixo, quando com o advento da máquina a vapor, ocorreu um intenso processo de mecanização dos meios de produção.

 

A concentração populacional e o processo de industrialização são fatores estreitamente ligados, responsáveis pela intensificação das dificuldades referentes à produção de resíduos sólidos.

 

À medida que a nova sociedade urbano-industrial se consolidou, e com ela o consumismo como ideologia de vida, aumentou o volume de dejetos domésticos e industriais tanto nas sociedades avançadas como nas subdesenvolvidas. (SCARLATO & PONTIN, 1992).

 

Toda transformação radical, forjada de modo desordenado, traz consigo conseqüências cuja solução nem sempre é imediata. É o que ocorre com os resíduos sólidos de diferentes naturezas.

 

O manejo adequado do lixo urbano é necessidade premente que cada vez mais se coloca na ordem do dia, consistindo numa questão polêmica e controvertida, representando uma séria preocupação para diferentes nações em distintos momentos de sua história. Países desenvolvidos enfrentam dificuldades consideráveis no que se refere à solução do problema, obviamente essas dificuldades se intensificam sobre maneira nos países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil.

 

No Brasil, o primeiro serviço municipal de limpeza pública foi organizado na cidade do Rio de Janeiro em 1828. Provavelmente esses serviços tiveram deficiências que afetam o meio ambiente até os dias atuais. Inicialmente essas deficiências não foram maiores que a satisfação relacionada com a coleta e o transporte de lixo dentro da zona urbana de grande parte das cidades. Apesar da satisfação, um problema ainda persistia. O problema do reaproveitamento, tratamento e destinação final do lixo, que na maioria das cidades brasileiras, encontra-se em condições precárias.

 

Em 1990, somente 61% da população brasileira possuía coleta regular de lixo e desse, a maior parte não tinha destino adequado. Ainda, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), em 1996, o lixo era coletado regularmente em cerca de 87,44% dos domicílios brasileiros. (SILVA & ALBARELO, 2000).

 

A questão do lixo gerado nas cidades é, sem dúvida, um dos grandes problemas na maioria dos municípios brasileiros. Os altos custos de implantação e manutenção dos sistemas de coleta e tratamento de lixo têm levado ao fracasso muitas tentativas de equacionamento (DIAS, 2000).

 

Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.

 

A questão é: o que fazer com tanto lixo?

Felizmente, o homem tem a seu favor várias soluções para dispor de forma correta, sem acarretar prejuízos ao ambiente e à saúde pública. O ideal, no entanto, seria que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens.

 

Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima e de energia fornecidas pela natureza.

 

Assim, o conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como "coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem".

 

- Lixo urbano - Formado por resíduos sólidos em áreas urbanas, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas industria de fundo de quintal) e resíduos comerciais.

 

- Lixo domiciliar - Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata, vidro.

 

- Lixo comercial - Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais Composto por matéria orgânica, papéis, plástico de vários grupos.

 

- Lixo público - Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores).

 

- Lixo especial - Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos.

 

- Lixo industrial - Nem todos os resíduos produzidos por industria, podem ser designados como lixo industrial. Algumas indústrias, do meio urbano, produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo disto são as padarias; os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino.

- Lixo de serviço de saúde - Os serviços hospitalares, ambulatoriais, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças, devem ser destinados à incineração.

 

- Lixo atômico - Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enriquecido com isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da população, por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível.

 

- Lixo espacial - Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites.

 

- Lixo radioativo - Resíduo tóxico e venenoso formado por substâncias radioativas resultantes do funcionamento de reatores nucleares. Como não há um lugar seguro para armazenar esse lixo radioativo, a alternativa recomendada pelos cientistas foi colocá-lo em tambores ou recipientes de concreto impermeáveis e a prova de radiação, e enterrados em terrenos estáveis, no subsolo (http://www.lixo.com.br/class.htm).

 

Conforme a FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE (1999), qualquer que seja a proposta quando se refere ao meio ambiente, sempre tem que considerar o gerenciamento dos resíduos humanos, de forma contínua, pois uma quantidade elevada de lixo é diariamente descartada no solo e na água, a absorção destes resíduos pelo meio ocorre de forma lenta (http://www.lixo.com.br/tempo.htm).

 

4.3 Reciclagem

 

O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem. A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. O vocábulo surgiu na década de 70, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica.

 

Para compreender a reciclagem, é importante deixar de enxergar o lixo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. Precisa-se perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode ser separado de diversas maneiras, sendo a mais simples separar o lixo orgânico do inorgânico (lixo molhado/ lixo seco).

 

Na natureza nada se perde. Seres vivos chamados decompositores "comem" material sem vida ou em decomposição. Eles dividem a matéria para que ela possa ser reciclada e usada de novo. Esse é o chamado material biodegradável. Quando um animal morre, ele é reciclado pela natureza.

 

A reciclagem surgiu como uma maneira de re-introduzir no sistema uma parte da matéria (e da energia), que se tornaria lixo. Assim desviados, os resíduos são coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de bens, os quais eram feitos anteriormente com matéria prima virgem. Dessa forma, os recursos naturais ficam menos comprometidos.

 

Alguns dos benefícios trazidos pela reciclagem é a diminuição da poluição (tanto do solo, quanto da água e do ar) e a melhoria na limpeza da cidade e da qualidade de vida da população, sem falar que a reciclagem também prolonga a vida útil de aterros sanitários, melhora a produção de compostos orgânicos, gera empregos para a população não qualificada, gera receita com a comercialização dos recicláveis e contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica. (http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclar.html).

 

4.4 Coleta seletiva

 

A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados.

Com isso alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além disso o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros naturais (http://www.lixo.com.br/coleta.htm).

 

Considerando que a reciclagem de resíduos sólidos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) aprovou recentemente a Resolução nº. 275 .

 

O novo regulamento estabelece um sistema de cores de fácil visualização, de validade nacional e inspirado em formas de codificação já adotadas internacionalmente para identificação dos recipientes e transportadores usados na coleta seletiva

 

Este é o padrão de cores adotado pelo CONAMA:

Azul - Papel/papelão

Vermelho - Plástico

Verde – Vidro

Amarelo – Metal

Preto - Madeira

Laranja - Resíduos perigosos

Branco - Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde

Roxo - Resíduos radioativos

Marrom - Resíduos orgânicos

Cinza - Resíduo geral não reciclável contaminado, ou contaminado não passível de separação (http://www.cga.ufsc.br/normas/cores.htm).

 

Figura 1: Cores básicas da coleta seletiva.

 

Figura 2: Cores relacionadas a resíduos radioativos, orgânicos e não recicláveis.

 

              Figura 3: Cores relacionadas a madeira, resíduos perigosos e resíduos de serviço de saúde.

 

 5 – MATERIAIS E METÓDOS

5.1 - Área de estudo

 

              Este projeto foi realizado no Colégio Murilo Braga, situado na Rua Laranjeiras, nº 961 no Bairro Centro, Município de Aracaju, Sergipe.

5.2 - O Público Alvo

 

A turma da 3ª série (B) do Ensino Fundamental, no turno vespertino, composta por 15 alunos.

 

5.3 - Procedimentos amostrais

 

A princípio foi escolhida uma escola na cidade de Aracaju, onde seriam realizadas atividades a respeito do conteúdo de educação ambiental, referente a lixo e a reciclagem, fazendo uma pequena abordagem ao tema coleta seletiva. Foi selecionada uma determinada série, do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, para realização das atividades propostas pelo tema.

 

A fase inicial do projeto consistiu na aplicação de um questionário prévio, o qual teve como objetivo avaliar a conhecimento dos alunos a respeito do tema trabalhado.

 

Em seguida, foi ministrada uma palestra abordando os problemas trazidos pelo lixo, as soluções proporcionadas pela reciclagem e o esclarecimento do que é a coleta seletiva. A turma foi então dividida em quatro equipes, obedecendo às cores básicas da coleta seletiva (azul, vermelho, verde e amarelo) que constavam nos crachás para a realização de dois jogos.

 

No primeiro jogo, os alunos sorteavam papéis com ilustrações de diferentes objetos  e tinham que identificar de qual material são feitos e colocá-los nas caixinhas correspondentes às cores de cada um deles.

 

Nesta outra sala, as crianças encontraram o segundo jogo, um tabuleiro gigante, confeccionado com materiais reutilizados. Foi escolhido um representante de cada grupo para servir de “pino”, enquanto os demais jogavam o dado. A cada número sorteado pelo dado, as crianças “pinos” andavam o mesmo número de casinhas. Ao cair em uma casinha especial, com alguma ilustração, o grupo deveria identificar o que a ilustração simbolizava: caso fosse uma ilustração “positiva”, a criança avançava uma casa, e caso fosse “negativa”, a criança voltaria uma casa.

 

Com o término do jogo, as crianças foram liberadas para o recreio. Na volta, teve início a oficina, onde as crianças aprenderam a confeccionar brinquedos e caixinhas de presente, reutilizando materiais que seriam jogados fora. Além disso, foi feita uma pequena exposição com objetos confeccionados com materiais reutilizados, para que os alunos pudessem se conscientizar  de que há diversas formas de se reaproveitar os mais variados tipos de materiais.

 

Para a realização deste projeto foram utilizadas garrafas pet de 2 litros, barbante, durex e tesoura para a confecção do brinquedo “Vai-e-vem” e caixas de leite “tetra pak”, cola branca, retalhos de papel de presente, giz de cera, tesoura, fitilho e papel para borrão para a confecção de caixinhas de presente. Além disso, caixas de leite “tetra pak” e papelão foram também utilizados para a confecção do tabuleiro em tamanho real, e caixas de suco foram utilizadas para preparar o primeiro joguinho acerca da coleta seletiva. Foi confeccionado ainda um painel com o tempo de decomposição de diferentes materiais, feito com papelão, sacolas plásticas e diferentes pedaços de materiais comumente jogados no lixo. Os crachás foram feitos também com caixas de leite.

 

Ao final das atividades do Projeto Reciclando e Ensinando, foi aplicado um segundo questionário a fim de comparar com o primeiro, e assim, avaliar o aprendizado dos alunos depois da realização de atividades relacionadas ao lixo, reciclagem e coleta seletiva.



 

5.4 - Análise dos dados

 

              Os dados dos questionários foram analisados de forma quantitativa com somatório e porcentagem simples dos resultados obtidos, como também listadas as respostas descritivas.

 

5.5 - Cronograma

 

ATIVIDADES

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

Revisão de literatura

 

X

X

X

X

X

 

Elaboração do Projeto

X

X

X

X

X

 

 

Elaboração do material utilizado

 

 

 

X

X

X

 

Reconhecimento do local

 

 

 

 

 

X

 

Implantação do Projeto

 

 

 

 

 

 

X

Averiguação dos resultados

 

 

 

 

 

 

X

Elaboração do Relatório Final

 

 

 

 

 

X

X

 

 


6 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Foram aplicados dois questionários, na 3ª série, durante a realização do projeto Reciclando e Ensinando na Escola Murilo Braga. A turma é composta por 15 alunos. O primeiro questionário foi composto de oito questões objetivas. Esse questionário visava avaliar o nível de conhecimento dos alunos a respeito do lixo, reciclagem e coleta seletiva.

 

Quando perguntado aos alunos se jogavam lixo no chão, houve um maior número de alunos que responderam que não jogavam lixo no chão. Contudo, nenhum aluno respondeu que sempre jogava lixo no chão (Figura 5).

 

Ao serem perguntados se gostariam de permanecer em local sujo, foi de comum consenso a resposta negativa (Figura 7). Todos responderam que sabiam ou que já ouviram falar em reciclagem.(Figura 9). Porém um terço dos alunos não sabiam quais materiais poderiam ser reciclados (Figura 11). Ao perguntar aos alunos sobre coleta seletiva, 20% respondeu positivamente (Figura 12).